Footwork no Trapézio: estudando a posição inicial.

A posição inicial em exercícios com grandes flexões de quadril pode gerar dúvidas para alguns professores. Imaginemos o caso do foot work na barra torre.

A maioria dos nossos alunos tem a musculatura posterior das coxas bastante encurtada. Quando elevamos a perna, imediatamente os ísquio tibiais tendem a tracionar a bacia levando-a à retroversão.

Como o exercício será de dissociação de MMII com a coluna neutra, é importante que posicionemos o aluno de tal forma que o sacro fique pesado no solo. Provavelmente a porção deste que ficará apoiada, será mais proximal, mais próxima da lombar, de L5-S1.

O grau de alongamento dos isquiotibiais e mobilidade da articulação será um dos fatores para que façamos a opção entre o lado da barra que posicionaremos o aluno. Se o alongamento é bom e permite que o aluno eleve as pernas num angule de 90º ou próximo a isso mantendo a coluna neutra, poderemos colocá-lo tanto com a cabeça no lado da barra , quanto na posição contrária (como na animação). Podemos inclusive experimentar as duas e saber dele em qual se sente melhor.

Caso contrário precisaremos posicioná-lo com uma maior abertura do ângulo do quadril e, nesse caso, a posição com a cabeça do lado oposto da barra torre, provavelmente dará uma situação de conforto maior.

Não vamos exigir, nesse momento, que o aluno fique numa posição neutra como se estivesse em dec. dorsal com pés no solo. Mas é importante que ele sinta que o peso não está jogado na lombar. Que entre as costelas, pesadas na máquina, e o sacro, existe uma zona mais leve que é, justamente, o arco lombar – com um ângulo mais aberto de curvatura por estar sendo tracionado pela bacia através dos ísquios tibiais.

Posição inicial definida lembrar-se de manter os pontos de apoio enquanto executa o movimento. Deixar o fêmur cavar na bacia com sua descarga mantida na mesma posição e não caindo em cima da lombar.

É isso que vai garantir o alongamento elástico da musculatura posterior e a lubrificação da articulação coxofemoral.

4 comentários em “Footwork no Trapézio: estudando a posição inicial.”

  1. Patricia Lobo

    Oi Silvia, com este post e com o comentário no post relacionado, consigo entender bem o que seria prioridade neste trabalho de footwork. Como o nome já diz a ênfase esta no trabalho de membros inferiores (co-contraçao)e juntamente com a mobilidade e lubrificação da coxofemoral.
    Ok então devo proceder de tal forma que o aluno fique numa posição confortável sentindo o peso no sacro e mantendo a sua curvatura lombar neutra. Claro que a impressão que dá é que esta em flexão lombar excessiva, mas é como vc disse o angulo nao vai ser o mesmo como se tivesse com o pé no chão. O que sinto é que isso me trás confusão quando peço para o aluno deitado puxar a coxa no peito (1 ou as 2 coxas) para alongar e relaxar os lombares fazendo a flexão lombar, por isso que neste exercício achava que podia-se usar o peso da barra para promover tb este alongamento lombar, o que perderia ou diminuiria o alongamento dos isquiotibiais.

    Obrigada pela explicação foi ótima!!!!

    Beijos e boa semana de trabalho

  2. OI Pati, que bom que esclareceu!
    Olha, a idéia de deixar as coxas virem mais para perto do peito para alongar a lombar é ótima. Eu costumo fazer.
    Apenas preste atenção para não fazer como exercício, com muitas repetições. Se é para alongar e dar uma aliviada, puxe e mantenha por um tempo e poucas vezes (2, 3). Beijos.

  3. Voltando de férias e voltando a acompanhar o blog, e como sempre continua interessantíssimo!!!Bacana as dicas do footwork, esse realizado no cadillac sem pelve neutra gera uma pressão na região lombar… Sílvia poderia me passar onde conseguiste as animações do exercício?!?! UM 2010 dourado a vc Sílvia e a todos os blogueiros de plantão!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima