Centro de força: nosso guindaste pessoal



Uma boa opção para o instrutor verificar se a estabilização do centro está ocorrendo de forma adequada é acompanhar o peso dos membros do aluno.

Vamos imaginar um guindaste que sustenta um objeto pesado no ar e começa a descê-lo em direção ao solo. Se tivermos a oportunidade de colocar nossa mão sob o objeto vamos nos dar conta que ele está leve, que toda a tração está na corda.

Caso contrário o objeto estará caindo ou descendo sem o controle necessário .

Muito bem, passando esta imagem para nossa prática, vamos considerar que o íliopsoas juntamente com outros flexores do quadril, é o braço do guindaste e o objeto é nossa perna.

Se houver uma boa estabilização do centro, enquanto a perna desce, ou estende, abrindo o ângulo da articulação coxofemoral, os flexores do quadril irão alongando numa ativação excêntrica enquanto nossa coluna e bacia (nesse caso, os pontos fixos dos flexores) estarão paradas, estáveis, assim mantidas pelo CORE.

Nesse momento o instrutor poderá colocar sua mão sob braços ou pernas, o que estiver sendo mobilizado, e perceber se há peso nesse membro.

Se isso ocorre é sinal de que existe falta de controle no movimento, a estabilização não está adequada e a dissociação não está ocorrendo da maneira que deveria. Dessa forma a coluna e bacia estão desorganizadas e recebendo sobrecarga indevida.

Na imagem de Eric Franklin, temos a comparação do psoas como uma vara de pescar. É preciso tracionar a vara até que a linha tenha uma tensão que supere o peso/força do peixe para que ele saia da água. Caso contrário ao invés do peixe sair da água, é a vara que vai parar dentro dela.

E, no caso do corpo, quem será arrastada junto com a vara (iliopsoas) será nossa coluna vertebral..

Sugestão de orientação verbal:

Inspire suavemente pelo nariz permitindo que suas costelas expandam como um guarda chuva que abre um pouco. Enquanto expira longamente pela boca abaixando o guarda chuva, eleve o ânus e ative toda circunferência de seu centro, sentindo sua musculatura abdominal tracionar sua bacia de maneira que ela e suas costelas estabeleçam uma relaçao firme.

Inspire novamente expandindo suas costelas e, enquanto expira ativando seu centro enfatize a relação entre costelas e cristas ilíacas como se elas estivessem parafusadas com uma placa quadrada de metal na face anterior do abdome.

Inspire novamente e enquanto expira, mantendo essas imagens vivas no seu corpo, desça ou estenda lentamente em direção ao solo até que termine sua expiração ou até o ponto que sua estabilidade permitir, ou seja, não haja nenhuma sobrecarga na sua coluna.
Sugestão de orientação táctil:
As mãos do instrutor estimulam a movimentação das costelas fazendo o movimento do guarda chuva.
As mãos do instrutor apoiam suavemente sob as pernas do aluno acompanhando seu gesto. As pernas devem flutuar sobre essa mão.

Coloquem os guindastes de força de seus alunos para funcionar com eficiência.

Experimentem e me contem! Abraço, Silvia.

1 comentário em “Centro de força: nosso guindaste pessoal”

  1. Olá!
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