E é uma boa opção: o aluno está deitado com um grande toque proprioceptivo que é o apoio de toda as costas no carrinho.
Está num ambiente estranho (não é comum que trabalhemos movimentos de perna deitados) o que facilita correções de alinhamento.
O apoio da coluna também garante uma gostosa descarga de peso, o que é um alívio para os discos intervertebrais que costumam estar recebendo carga com a coluna em posição vertical durante todo o dia (quando estamos sentados ou em pé).
A coluna deve estar completamente neutra, pois não existem alavancas de pernas suspensas e estamos deitados: apoio no crânio, torácica e sacro, presença das lordoses lombar e cervical com alongamento axial garantido!
Vamos considerar que temos duas opções: calcanhar e metatarso. Estamos falando dos pés e não dos quadris. Em relação aos últimos podemos estar em paralelo, com pés unidos ou em V de Pilates, numa grande rotação externa, variar a vontade.
Pensemos primeiro: qual posição é mais fácil? Experimente ficar de pé e descarregar seu peso mais para trás, sobre o calcâneo. Agora faça o contrário, vá para frente e tire um pouco os calcanhares do solo.
O que te desafia mais?
Vocês já leram por aqui a expressão “empilhar os ossos”. É o caso: vamos apoiar os pés no calcâneo e variar as posições do quadril (rotação, paralelo, etc).
O aluno já terá bastante para pensar e sentir: articulação dos quadris, fêmur deslizando no acetábulo como se estivesse cheio de óleo, coluna neutra recebendo a carga de compressão pelas pernas e ombros. Respiração, assoalho pélvico…
Posteriormente, com esses elementos já organizados de maneira mais fácil e natural, passamos para os metatarsos. Uma nova articulação a ser estabilizada.
Isso não interessa.
PERFEITO! era tudo o que eu precisava saber!!!!
beijos JU
Olá Silvia, adorei este assunto e tem muita lógica mesmo. Eu estava analisando os movimentos no Reformer (série de pernas), onde apoia-se o arco do pé, na sua opiniao qual a diferença e porque apoiamos no arco. Obrigada e boa semana. Bjinho
Patricia Lobo
Oi Patrícia. Na verdade eu nunca dou com os pés apoiados no arco, mesmo pq arco de pé não é lugar de descarga de peso.. basta olhar o pé! O arco é alto, branquinho (rsrs), tipo arco da lombar. Quando eu fazia aulas de “Autêntico Pilates” tinha uma série do footwork que apoiava o meio do pé, tipo passarinho, mas na verdade era mais na borda lateral, na mesma direção do arco, mas lateral e não medial. SE descarregarmos verdadeiramente sobre o arco vamos perder o alinhamento dos MMII todo. Bem, eu penso desta forma. O que você me diz? Beijo grande, silvia.
Então Silvia, concerteza tem toda razão, basta a gente verificar naqueles exames de podologia os pontos de pressão né. Mas acho que nao me expliquei bem (hihi). Nos movimentos chamados “Leg Spring Series” no Reformer, onde usamos as alças para os pés, ali temos que apoiar o arco para nao fugir do pé, nestes é que nao sei se a descarga de peso é diferente, o que vc acha?
Obrigada mais uma vez
Beijos
Ops errei o nome do exercício, mas vale para os dois. O “Leg Spring Series” é no cadillac mas usamos igualmente as alças para o pé. Agora o outro é o “Feet in Straps” no Reformer. Agora sim completei desculpe.
beijinhos
OI Patrícia, vc tá é muito chique em termso de nomenclatura viu? Um dia chego lá..rs
Bem, o apoio nas alças é um assunto completamente diferente. Em primeiro lugar mudamos de cadeia: saímos de uma cadeia fechada (pés na barra) para uma cadeia aberta. Desta forma a sobrecarga já muda bastante. Quando trabalhamos footwork, não necessariamente, mas em geral, colocamos pelo menos 3-4 molas. Nos exercícios de cadeia aberta, geralmente, apenas 1 (verde por exemplo).
Apesar da alça envolver o pé, ainda assim, procuramos manter o alinhamento de MMII e, desta forma, a descarga segue sendo mais lateral do que medial. É mais ou menos o caso da meia.. se andamos de meia a parte do arco do pé suja muito menos.
Muitas vezes tb em cadeia aberta recorremos à rotação externa e nosso foco de ação fica ainda mais proximal (ação de glúteos) e extensores do quadril e descarga de peso mais na borda externa ainda. De qualquer forma vou pensar mais, experimentar (principalmente) e acho que esse assunto merece uma postagem.. rs Beijos
Oi Silvia, hihi gostei do chique, mas de chique nao tenho nada, é que estou acabando o curso agora então tenho que lembrar destes nomes todos. Quem derá ter o teu conhecimento, eu é que um dia quero chegar lá.
As suas explicaçoes tem sempre lógica e concerteza vou ler mais vezes sobre seu comentário e pensar nisso e treinar bastante sim e realmente pensando em cadeias tem toda lógica. Beijos e obrigada mais uma vez pelas explicaçoes.
Olá Sílvia, mais uma vez parabéns pela sua iniciativa e o seu blog.
Gostava de “ler” a sua opinião. Tenho uma aluna que tem joelhos valgus, pé raso e sente dor no tornozelo quando faz durante muito tempo um exercício (dança, corrida). Nos exercícios de alongamento dos MMII sente mais na zona do tendão de Aquiles e no footwork no cadilac ou reformer sente lá mais trabalho! para a semana ela vai ao médico mas há algo que eu possa fazer ou evitar!?
beijos
Oi ânonimo..rsrs
Entao, a sugestão que te dou é a seguinte: o foco do seu trabalho com a aluna será alinhamento. preste muita atenção nas descargas de peso em MMII, alinhe quadril, joelho e calcanhar, e etimule a percepção e correta descarga de peso nesse alinhamento de ossos.
É importante também, se ela é valgo, não insistir em adutores pela parte interna das coxas, mas estimular a rotação externa do fêmur a partir lá do quadril (aí sim ocorrerá uma adução mas por trás. Outra coisa seria fazê-la pegar o paninho com os pés para trabalhar esse arco plano.
Flexão plantar e dorsal como Aquiles strech e Running com muita atenção as descargas de peso e alinhamentos.
É isso aí, espero poder ter ajudado, beijo!
Sim Sílvia. Ajudou muito…agora é só experimentar.
Beijos, Sandra…rsrs